1-SOU
ESTRANGEIRDO (67)
Em minha amada Pátria
Ninguém fala a
minha língua
Habla
el línguaje d´outra rua
Banhada n’água de Balão
Na vila de Salrei sem Lei
Os forasteiros do deserto
Pistoleiros na noite de incesto
Flutuando dinheiro na mão
O povo comendo passarão
No Bom Sossego
nem um letreiro
Pra denunciar
o bando de cigarras
Novos donos Flagelados a mandar
Já não tenho onde morrer
Da CESTA BÁSICA viver
À sombra do Coqueiro
A gritar basta de corporação
No banco de corvo em extinção
Vamos rapaziadas enterrrar
As cobras na praia de Curralinho
Com máscaras de capuchinho
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Praia de Santamonica,
27/12/2015
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